ESPIRITISMO

A  REENCARNAÇÃO FORTALECE OS LAÇOS DE FAMÍLIA,
AO PASSO QUE A UNICIDADE DA EXISTÊNCIA OS ROMPE.

"Os laços de família não sofrem destruição alguma com a reencarnação, como o pensam certas pessoas. Ao contrário, tornam-se mais fortalecidos e apertados. O princípio oposto, sim, os destrói.

No espaço, os espíritos formam grupos ou famílias entrelaçados pela afeição, pela simpatia e pela semelhança das inclinações. Ditosos por se encontrarem juntos, esses espíritos se buscam uns  aos outros. A encarnação apenas momentaneamente os separa, porquanto ao regressarem à erraticidade, novamente se reúnem como amigos que  voltam de uma viagem. Muitas vezes, até, uns seguem a outros na encarnação, vindo aqui reunir-se numa mesma família, ou num mesmo círculo, a fim de trabalharem juntos pelo mútuo adiantamento. Se uns encarnam e outros não, nem por isso deixam de estar unidos pelo pensamento. (...)Podem, portanto, percorrer, assim, ilimitado número de existências corpóreas, sem que nenhum golpe receba a mútua estima que os liga.

(...).

Em resumo, quatro alternativas se apresentam ao homem, para seu futuro de além-túmulo: 1º. o nada, de acordo com a doutrina materialista; 2º. a absorção no todo universal, de acordo com a doutrina panteísta; 3º. a individualidade, com fixação definitiva da sorte, segundo a doutrina da igreja; 4º. a individualidade, com progressão indefinida, conforme a Doutrina Espírita. Seundo as duas primeiras, os laços de família se rompem por ocasião da morte e nenhuma esperança resta às almas de se encontrarem futuramente. Com a terceira, há para elas a possibilidade de se tornarem a ver, desde que sigam para a mesma região, que pode ser o inferno como o paraíso. Com a pluralidade das existências, inseparável da progressão gradativa, há a certeza na continuidade das relações entre os que se amaram, e é isso o que constitui a verdadeira família.". - Grifo nosso.


KARDEC, Alan. O Evangelho segundo o Espiritismo:
Com explicação das máximas morais do Cristo em
concordância com o Espiritismo e suas aplicaçõs às
diversas circunstâncias da vida.  Tradução de 
Guillon Ribeiro. - 126ª edição. - Rio de Janeiro,
RJ: Federação Espírita Brasileira, 2006, p. 98-101. 

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