sexta-feira, 23 de setembro de 2011

VIOLAÇÃO AOS DIREITOS INFANTIS: Não se aprende isso na escola.

HOJE todos os olhares se voltam para escola, neste ambiente que deveria educar para exercício da vida cidadã, também, a violência se faz presente.

Muitos afirmam, precipitadamente, que a escola propicia atos de violência - de bullying - entre as crianças e jovens. Que a escola não cumpre seu papel: Educar. Isso tudo é balela de quem não conhece o labor dos educadores e de todos os trabalhadores da educação.

Na escola a palavra-chave é educar para a vida, educar para cidadania, é formar um Homem de Bem, um cidadão. O labor é árduo e contínuo e envolve todos os segmentos da escola. Todavia, há que se reconhecer que as relações humanas são complexas, ... como complexo é o próprio ser. O homem não está isento de sofrer influenciações no ambiente em que esteja 

Devemos considerar que em casa, na rua, no bairro, na vizinhança, na igreja, ... em todos os lugares em que "con-vive" a pessoa ali recebe informações que formam sua personalidade, seu caráter, sua identidade. Isso é lógico. Então, não há logicidade na argumentação daqueles que querem culpar a escola por todas as mazelas da sociedade e, tão pouco, quando julgam que é somente na escola que crianças e adolescentes sofrem violência física, psicológia e, mesmo, sexual.

Em verdade, a violação dos direitos infantis - que de fato, muitas vezes começa em casa - ocasionando desfechos desastrosos, desconcertantes e, até,  fatais podem ser desvelados no ambiente escolar e, são os educadores ou demais servidores que percebem e denunciam essa situação.

Ora, se em casa a criança ou o adolescente é espancado, sofre violência sexual, maus-tratos, não tem o que comer, não vive em ambiente saudável e acolhedor, o sofrimento é inevitável. E, se essa criança ou jovem é obrigado a trabalhar: reparando carros, coletando esmolas, fazendo trabalho doméstico ou mesmo outros trabalhos que lhe exigem força acima de sua capacidade física e etária. Tudo constituiu  violência e se traduz em violação dos direitos infantis.  

Se os pais preferem que seus filhos fiquem fora da escola e, mesmo, matriculadas as crianças são impedidas de frequentar a escola. Então, o desrespeito começou.

Quando essa criança não possui as mínimas condições de moradia, alimentação e tratamento dignos, então há que se pensar nas instituições governamentais de proteção à criança e ao adolescente. Já podemos apontar culpados?

Se as instituições jurídicas, também, não tomarem providências para proteção justa e digna das crianças e jovens que estão sob sua guarda ou que deveriam estar... que dizer da Justiça,  dos juizados e defensorias públicas e conselhos tutelares - considerando suas competências -, se não conseguirem evitar a violência contra seus protegidos. Ou, ainda,  quando depois de tanta análise entregam a guarda de uma criança a um dos pais e, logo essa  criança morre, por descuido ou violência familiar. Serão essas instituições jurídicas culpadas pela violência deflagrada após sua atuação? É óbvio que não!!! 

A vida não é tão simples assim. Muitos apontam e identificam os culpados, mas, esquecem de se incluir. Não apontam a sí mesmos, ainda quando se sentem culpados.

Quando pararmos de apontar culpados para nos eximir de responsabilidades e, começarmos a agir para minimizar tantas formas de violência que afligem crianças, jovens, idosos, portadores de necessidades especiais, negros, homossexuais, pobres, crentes de algumas religiões... Quando nos esforçarmos por não aceitar quaisquer formas de marginalização; Quando não permitirmos que os corruptos voltem a se candidatar ou que conquistem um voto sequer; Quando os cargos políticos não forem as "ocupações" mais bem remuneradas de todo país; Quando todos compreenderem que é preciso denunciar violência, abusos e corupção; Quando as instituições jurídicas de fato puderem ter a proteção que garanta aos seus juizes, defensores, procuradores e promotores públicos - e, mesmo, conselheiros tutelares - a segurança e independência necessárias que lhes permitam promover a Justiça, sem que a corrupção e a impunidade transvestidas de gente lhes ceifem a vida. 

Há esses serão tempos de vida... vida cidadã que deverá ser exercida por qualquer brasileiro. Eu, você, todos comprometidos com a Justiça, a Igualdade, a Liberdade, Fraternidade e Dignidade Humana. Conhecendo deveres, exigindo direitos e praticando a PAZ.

HOJE é o dia "D" pra tudo começar. É preciso buscar informações para consolidar ações.

Ninguém está dispensado desse compromisso. Todos precisamos agir... mesmo que não estejamos juntos, olhar no olhar, devemos fazer nossa parte e conquistar outros que queiram caminhar no mesmo sentido. Mais adiante haveremos de nos encontrar e, constatar que fizemos prosperar uma mesma ação: informar e exemplificar para formar cidadãos.

ISSO COMEÇA NA ESCOLA, mas pode começar em casa, na igreja, na vizinhança, nas mídias, conhecendo o Estatuto da Criança e do Adolescente, lendo as Cartilhas publicadas pelo Ministério Público do Estado do Pará e tantos outros materiais que versam sobre os Direitos Humanos.

DESRESPEITO AOS DIREITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

A VIOLÊNCIA COMEÇA COM A VIOLAÇÃO DE DIREITOS DE PROTEÇÃO À CRIANÇA E AO JOVEM:
O Trabalho infantil é apenas um desses mecanismos de marginalização de jovens brasileiros - crianças e adolescentes são forçados a trabalhar em tenra idade com a seguinte justificativa:"_ Melhor começar a trabalhar desde cedo para não virar bandido, marginal, pois nos tempos de meus avós, de meus pais..." Muitas pessoas acreditam que assim estão educando seus filhos, os filhos alheios e... algumas pessoas nem percebem que tudo começa aí ... o desrespeitos aos Direitos Humanos, à Dignidade Humana, à infância saudável, ... o desrespeito à vida. Começa, também, a marginalização e a exploração do trabalho infantil que enriquece poucos e torna miseráveis MUITOS...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

A VIOLÊNCIA NA ESCOLA: CADÊ O CULPADO OU CULPADOS?

A escola é um espaço de aprendizagens, de troca de experiências, de transmissão de conhecimentos, de socialização, de formação do ser. O educando é esse ser humano em formação; o professor é um facilitador nesta relação complexa que simplesmente designamos de EDUCAÇÃO. Assim, gestores, técnicos, coordenadores , serventes, vigias e outros servidores que laboram na escola e, ainda, a vizinhança que a cerca, ... todos influenciam e contribuem para o desenvolvimento do potencial de cada educando.
Os gestores da organização educacional e o governante com todos seus secretários e/ou ministros, em quaisquer escalão ou esfera governamental, também, são responsáveis pelos rumos da educação. Isso é inquestionável.

Ninguém pode alegar em sua defesa não ter nada haver com a educação simplesmente por não estar, diretamente, laborando numa escola, numa sala de aula.

Todos estão direta ou indiretamente envolvidos no processo educativo que culminará com a formação do HOMEM DE BEM. Todavia, disso não resulta concluir que somos todos CULPADOS, pelos desvios ou transtornos educativos, como por exemplo: a violência escolar que é notícia, nas mídias.

Em verdade, defenda-se a tese de que somos todos INOCENTES. Afinal, desconhecemos nossos direitos, ignoramos nossas legislações, permitimos que em nossa vida profissional,  nossas atribuições ou funções sejam limitadas ou ampliadas sem quaisquer discussão, amparo legal... Somos muitas vezes silenciados... ou  silenciamos por nossa própria vontade e em vez de buscar soluções enveredamos à procura de novas desculpas ou novos culpados. E, ainda, admitimos àquele blá, blá, blá: "_ O governo federal  é culpado pelos desmandos da Nação, quanta esperança devotei em nossa presidenta!"; "_ O governador é culpado, os ministros e os secretários e, ... os políticos esses já estão mais que condenados, quanta decepção!". E, assim, a lista vai crescendo de escalão em escalão, em todas as esferas de governo até chegar no aluno que cometeu o ato de violência, e daí em diante vem o professor, o técnico, o coordenador, ... o gestor não escapa e, a roda de acusações gira, gira sem mostrar solução e, acaba onde? Na escola. E, a família?! Essa é outra roda-viva.

Basta! Chega de silêncio, chega de omissão, chega de apenas apresentar culpados para esconder nossa constrangedora inocência, apatia ou embaraço diante do "novo", daquilo que realmente atrai à atenção de nossos jovens.

Vamos nos considerar "eternos aprendizes" e, quem sabe conseguimos num impulso coletivo  transformar cada realidade. Que venham as parcerias, às formações continuadas, os intercâmbios e as trocas de experiências e tudo mais que ajudar. Vamos trabalhar!

A escola deve ser o ambiente de alegria; de fraternidade; igualdade; de debates (sobre a família, as relações afetivas, a diversidade, o meio ambiente, a sexualidade, a violência, a saúde, a religiosidade, sobre criminalidade, internet). É espaço de convivência ... Da observância de direitos e deveres do Estado, da família e de todos os envolvidos nos diversos segmentos escolares; de apuração e minimização de conflitos; de apaziguações e consolidações da maioridade espiritual do ser humano, que necessita viver sempre em sociedade, para poder desenvolver todo seu potencial com SER DIVINO, criado por DEUS.

Enfim, é preciso resgatar, sem atrelar à uma crença em especial,  a temática Deus, que  parece ter desaparecido das escolas, dos hospitais, dos tribunais, da vida dos homens, dos jovens, das crianças, como se pudéssemos ignorar essa Paternidade.

No meio a tantas acusações esquecemos de assumir que a responsabilidade é de cada um.

Todos somos corresponsáveis pela formação das crianças e jovens, que hoje nos assustam, mesmo em tenra idade. A criança que ignoramos, maltratamos, desrespeitamos, negamos alimento, abrigo e educação é a mesma que mais adiante sem esperança, sem instrução, marginalizada, com fome, sem ter sentido o amor ... nos assalta, nos agride, causa dor dilacerante quando mata um filho, um pai de família, uma mãe, um trabalhador, ou seu colega, dentro ou fora dos muros de uma escola.

Diante de tanta inquietação pedagógica há necessidade de assumir que o ser humano é complexo e sistêmico, não pode ser compreendido ou educado sem que reconheçamos sua singularidade; mas, também, não podemos concebê-lo de forma isolada. É preciso considerar a relevância de todas as relações que o educando estabelece com sua família, com os amigos, com a vida e consigo mesmo. Sua autoestima, seu autoconhecimento, sua fé, sua esperança, seus ideais, sua religiosidade, suas ambiguidades...seu potencial humano e espiritual.

De tudo e por tudo, não podemos ignorar todos esse complexo que constitui e influencia a formação do educando. Não podemos ignorar ás Pedagogias... da autonomia, da liberdade, da esperança e tantas outras, hoje balizadas, como a Pedagogia Sistêmica e a Pedagogia Espírita, a Pedagogia do amor (a pedagogia de amor de Jesus Cristo) que apesar de todo o silêncio no campo educacional é uma realidade em muitas universidades, em muitas escolas, em muitos lares. E, essa realidade nos afiança que somos todos seres humanos, somos ESPÍRITOS ETERNOS, criados por Deus. E, isso não pode ser ignorado quando pensamos na educação desse SER potencial: criança, adolescente, homem.

"Jesus não ensinou em catédras,
 não fez parte de corporações científicas,
 não se revestiu de nenhum título terreno e
não fundou escolas ou instituições.
E foi o maior dos mestres. (...).
Ensinava sem nenhum outro instrumento
a não ser seus atos de amor,
suas palavras simples e
sua autoridade divina.".

(INCONTRI, Dora. A educação segundo o Espiritismo. Bragança Paulista: Ed. Commenius, 2004, p.102-3)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Plebiscito no Pará: Cidadania na ponta dos dedos


                 Os eleitores paraenses poderão manifestar sua concordância ou não em relação a criação dos estados do Tapajós e de Carajás, dada a possibilidade da divisão do estado do Pará.

             O exercício da cidadania, podemos entender, que de forma poética, significa: Cidadania na ponta dos dedos.

                 Se o eleitor digitar o número 55, inviabiliza a possibilidade de divisão do estado do Pará, e indica com sua atitude que o Pará deve manter sua dimensão e estrutura sócio-político-econômica.

        Se o eleitor teclar 77, diz sim à divisão do estado do Pará e, consequentemente, consolida com seu voto a criação dos estados de Tapajós e Carajás. Para tanto, deve teclar o número 77, quando for responder à primeira, como também, para responder à segunda pergunta que lhe é endereçada pelo sistema.
            
           A cidadania  exige verdadeiramente uma consciência crítico-construtiva, ... o exercício da vida cidadã, que não se limita aos instantes em que o eleitor está enfrente à urna.

             O voto é secreto. Isso todos devem saber. Mas, a opinião é manifestação de outro direito: Liberdade de expressão. Então, vamos começar... afinal, você que mesmo não sendo eleitor alistado no Pará, o que você pensa sobre isso? Essa é a hora de refletir e opinar!!!